A melhor maneira de saber se está com halitose é perguntar a alguém próximo ou procurar ajuda de um especialista
Quando você sente um gosto amargo na boca, logo checa o hálito para ver
se está tudo em ordem? Pois saiba que nem sempre o sabor ruim é sinônimo
de halitose. A presença de amargo, azedo, podre ou metálico no paladar é
sintoma de uma alteração chamada disgeusia. O gosto ruim é persistente e
ocorre de forma espontânea, sem a pessoa ter comido nada com aquele
gosto. “É um sinal de que há algo de errado, mas nem sempre é mau
hálito”, diz o especialista em halitose, Arany Tunes.
Segundo o profissional, uma série de fatores podem levar a esse quadro,
como alteração ou diminuição da saliva, excesso de saburra lingual –
aquela camada esbranquiçada que fica no fundo da língua –, fome,
deficiência de nutrientes, uso de alguns medicamentos, doenças,
problemas dentários e gengivais, além de outras causas. “Somente um
especialista no assunto consegue diagnosticar a causa e tratar de forma
eficaz”, afirma.
Agora, para saber se o gosto está acompanhado de cheiro, assim que
sentir o sabor diferente, é indicado fazer um exame para o hálito
chamado halitometria. Os dentistas especialistas em hálito têm esse
equipamento. “A avaliação de um especialista em hálito é fundamental.
Ele terá condições de descobrir a causa e eliminar o problema de forma
definitiva”. Outra maneira seria questionar alguém de sua intimidade e
confiança.
Para prevenir o problema, basta ingerir bastante água ao longo do dia,
mantendo uma boa higiene dos dentes e da língua, evitar o uso de
medicamentos sem orientação médica e manter uma dieta equilibrada,
comendo alimentos saudáveis a cada três horas.
Para remover essa placa bacteriana endurecida, os profissionais usam aparelhos de ultrassom e técnicas específicas
Fazer a limpeza de tártaro no dentista é quase um clareamento, em alguns
casos. Seria maravilhoso poder ter o mesmo resultado em casa. Mas para
tirar aquele amarelado, apenas na cadeira do dentista. O tártaro é uma
formação endurecida da placa bacteriana que não foi retirada no dia a
dia durante as higienizações. É semelhante a uma "pedrinha" que gruda
nos dentes trazendo alguns inconvenientes à saúde bucal.
“A retirada do tártaro é feita pelo profissional com equipamentos e
instrumentos adequados. A técnica empregada é aprendida na faculdade ou
em especializações”, explica o cirurgião-dentista, Faisal Ismail, da
ORTOPLAN – Especialidades Odontológicas.
Para fazer essa limpeza, o dentista usa um aparelho de ultrassom e
outros instrumentos manuais. Também pode ser utilizado o jato de
bicarbonato. Nesse procedimento, o profissional faz uma raspagem para
remover o tártaro e alisar a superfície do dente. Assim, menos placa é
acumulada e menos tártaro se formará futuramente. “A indicação pode
variar de pessoa para pessoa, mas a média mínima é de que você procure
seu dentista duas vezes ao ano para fazer uma limpeza (profilaxia) de
placa bacteriana ou a raspagem se houver tártaro”, diz Faisal.
Quem não quer precisar passar pelo procedimento, basta evitar a
formação de tártaro com higienização bucal no mínimo três vezes por dia,
com escova, fio dental e enxaguante com flúor para bochecho. “A
alimentação saudável diária influencia diretamente na formação ou não de
tártaro. Por isso, tenha sempre uma alimentação saudável e faça a
higienização completa”, acrescenta o especialista.
Para saber se você tem tártaro é simples. Olhe no espelho. Você verá
alguns locais nos dentes com regiões opacas e volumes irregulares.
Muitas vezes, o tártaro se acumula empurrando a gengiva e causando
sangramento, além de dificultar a higiene do local. O ideal é que você
procure seu dentista para avaliar.
Mas não é só para estética que a cirurgia ortognática serve, o procedimento é indicado para casos de ronco e apneia
Há quem queira os dentes alinhados, outros procuram o sorriso branco,
gengiva menor, mais clara. Mas, para alguns, o problema está no queixo
que pode ser pequeno demais ou avantajado. A boa notícia é que a
cirurgia ortognática pode solucionar problemas de maxilar e mandíbula.
Além de funções estéticas, o procedimento também ajuda em casos de
ronco.
João Roberto Gonçalves, professor da Faculdade de Odontologia de
Araraquara – UNESP, e Nathália Moraes, especialista em periodontia,
tiram todas as dúvidas sobre o tema, desde a indicação da cirurgia
ortognática até a recuperação.
O que é a cirurgia ortognática?
É a cirurgia feita para corrigir a posição inadequada dos maxilares
através de osteotomias (cortes programados nos ossos) e
reposicionamentos que são fixados com mini placas e mini parafusos de
titânio. Esse tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar,
como o cirurgião buco-maxilo-facial e o ortodontista.
Ela é indicada para quais casos?
Existem três principais indicações:
1- quando o maxilar inferior está excessivamente para frente ou para
trás do maxilar superior. 2- quando um dos maxilares tiveram crescimento
vertical excessivo (respiração bucal, sorriso com exposição excessiva
de gengiva e dificuldade de fechar os lábios)
3- em assimetrias faciais e apneias obstrutivas do sono/roncopatias.
Ela é apenas estética? Serve para queixo e gengiva?
A cirurgia ortognática tem resultado estético muito evidente, mas sua
principal indicação é funcional, como nos casos de apneias
obstrutivas/roncopatias e dificuldade de respiração nasal. Para quem tem
apenas o excesso de gengiva, com uma cirurgia simples no consultório já
é possível corrigir esse sorriso. O melhor é sempre procurar o
cirurgião-dentista afim de saber qual o melhor tratamento para o caso.
Como é a recuperação?
A recuperação é lenta com 2 a 3 semanas de afastamento das atividades
de rotina. O inchaço nas primeiras semanas é acentuado e é recomendado
fisioterapia ou fonoaudiologia por vários meses para o restabelecimento
completo. Devido a avanços significativos de técnicas e materiais
ocorrido nos últimos anos, os pacientes não apresentam dor acentuada e
já terminam a cirurgia podendo falar, tomar alimentação líquida, abrir e
fechar a boca. Deve-se fazer repouso e uma alimentação líquida e
pastosa nos primeiros 20 dias e, em mais ou menos 45 dias o paciente
poderá voltar com a alimentação normal.
É preciso usar aparelho antes da cirurgia?
Sim, o ideal é iniciar com o aparelho fixo para preparo da posição dos
dentes. Esta fase dura em média 12 meses. O aparelho é responsável pelo
alinhamento e nivelamento dentário e, consequentemente, para um melhor
encaixe da oclusão. O paciente é operado com o aparelho na boca, que é
removido de 6 a 12 meses após a cirurgia.
É possível ver o resultado virtualmente antes de se submeter à cirurgia?
Existem vários programas de imagem que permitem a visualização dos
resultados estéticos, embora haja limitações na reprodução virtual dos
tecidos moles. Entretanto, vale ressaltar que esse é um procedimento
cirúrgico que visa realinhar e ajustar malformações para obter assim uma
melhor função do sistema mastigatório que, em alguns casos, acaba
alterando a estética facial do paciente, mas isso não temos como prever
com tanta precisão.
Quanto tempo demora para ver o resultado final?
O resultado já é notado logo após a cirurgia, mas devido ao edema e
reabilitação muscular, o resultado final só é visualizado de 3 a 6 meses
após a cirurgia. A idade do paciente e condições sistêmicas individuais
influenciam bastante nestes prazos.
Que tipo de anestesia é usada?
É um procedimento cirúrgico realizado em um ambiente hospitalar sob
anestesia geral que tem a duração de algumas horas. Geralmente, o
paciente é admitido na internação no dia da cirurgia e recebe alta 1 a 2
dias depois do procedimento.
As doações são usadas para atividades de ensino em faculdades e para pesquisas científicas
Esqueça a fadinha e nem pense em jogar o dente no telhado. Os dentes de
leite têm funções importante para estudos e pesquisa, aliás, os
permanentes também devem ser doados. A Universidade de São Paulo tem um
banco de dentes humanos que os separa, os classifica e os utilizam para
atividades de ensino. “Antes de praticar, os alunos do curso de
odontologia estudam lesões de cárie, erosão, restaurações, anatomia”,
diz o professor José Carlos Pettorossi Imparato, responsável pelo
Biobanco de Dentes da Faculdade de Odontologia da USP.
Ele explica que, em casos em que o doador se identifica e preenche um
termo de doação, o dente é armazenado individualmente para pesquisas
científicas. “É possível estudar características anatômicas de uma
população, por exemplo. Sabendo quem é o doador, tenho condição de usar
para pesquisa e o encaminho para o biobanco de dentes, se não tiver
rastreabilidade, ele segue para o banco de dentes”, explica.
Doação de órgãos
Em primeiro lugar o dente deve ser entendido como um órgão. Quem doa
dentes, é um doador de órgãos. “É preciso ter essa conscientização, o
dente deve ser doado, como qualquer outro órgão”afirma Imparato.
Qualquer dente pode ser doado. Até dentes com cárie são usados para
ensino e para pesquisa. “Continua sendo considerado um órgão. Podemos
estudar um novo material para restauração, por exemplo”.
Faça o kit para doação de dente
- Caso faça a extração no dentista, diga a ele que vai fazer a doação e o profissional providenciará o preparo do órgão.
- Se o dente for extraído em casa, lave-o em água corrente, seque-o com uma gaze ou papel e o envolva em um plástico.
- Não o armazene em líquidos, como água, porque pode gerar contaminação.
- Quanto menos manipular, melhor.
- Preencha o termo para casos de pesquisa.
- Encaminhe para:
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo
Avenida Professor Lineu Prestes, 2.227, Cidade Universitária, SP, CEP 05508-900.
- Também é possível fazer a entrega pessoalmente. A unidade atende de
segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações no telefone (11)
3091-7905.
Ver como o sorriso muda com o uso de aparelho fixo é um incentivo para quem está sem coragem de enfrentar o dentista
Um tratamento ortodôntico de 18 meses foi resumido em 50 segundos em um
vídeo na internet. O dentista gravou em time-lapse – uma função que dá a
impressão que as imagens estão aceleradas – as mudanças nos dentes de
uma menina de 11 anos que usou aparelho fixo. Essa é uma forma de
incentivar alguns jovens que estejam resistentes para consertar o
sorriso.
O tratamento ortodôntico implica em reposicionar todos os dentes
permanentes em suas corretas posições de forma a atingir uma oclusão
(mordida) perfeita. “Quando tratamos crianças e adolescentes, que ainda
não têm todos os dentes permanentes, o tempo de tratamento aumenta, pois
o paciente está em crescimento. Já com adultos, o ortodontista, por
meio de um bom diagnóstico e planejamento, consegue prever de antemão o
tempo necessário para resolver o problema”, diz a ortodontista Letícia
Squadroni.
Segundo a especialista, a média de tempo de tratamento ortodôntico
completo em adultos atualmente é de 18 a 20 meses. “O tempo mínimo é de 8
meses e o tempo máximo de 30 meses”, afirma. Para ela, mostrar
previamente tudo o que vai acontecer durante o tratamento, faz com que a
pessoa consiga acompanhar as etapas com mais confiança e credibilidade.
"Ele ‘vê a luz no fim do túnel’, sabe? Costumo dizer que fazer um
tratamento ortodôntico sem planejamento, é a mesma coisa que fazer uma
viagem mais longa e não se preocupar se o carro tem gasolina, quantos
pedágios você irá pagar, onde dormir, comer”.
Para o tratamento ter resultado mais duradouro, o dentista precisa
fazer um acompanhamento durante toda a fase de contenção – aquele
‘aramezinho’ que colocam atrás dos dentes. “Nessas consultas, ajustes
oclusais (leves desgastes minuciosos e estratégicos nos dentes) poderão
ser realizados para ter uma mordida cada vez mais perfeita”, diz
Letícia.
Vários fatores interferem a movimentação dentária, inclusive
acomodações naturais relativas ao próprio envelhecimento do ser humano.
“Respiração bucal e a incompetência do fechamento labial também afetam a
posição dos dentes e podem ter um efeito sobre a morfologia do
esqueleto. Por isso é importante um acompanhamento com profissionais da
área da fonoaudiologia e otorrinolaringologista quando seu ortodontista
solicita”.
Amamentação é a melhor forma de prevenir para que a criança não adquira esse hábito
Alguns bebês já chupam o dedo dentro da barriga da mãe, como denunciam
os ultrassons. Isso pode ser sinal de que talvez haja alguns problemas
bucais caso o hábito seja mantido durante a infância. Segundo Helenice
Biancalana, especialista em Odontopediatria da APCD (Associação Paulista
de Cirurgiões-Dentistas), os prejuízos vão desde alteração da fala e
predisposição à respiração pela boca, até dentes separados e problemas
gastrointestinais.
Mas as mães sabem como é difícil cortar essa mania dos pequenos.
Segundo Helenice, o aleitamento materno é a melhor medida de prevenção
do uso da chupeta e da sucção digital. Crianças amamentadas naturalmente
são menos propensas a persistir nesses hábitos. “O aleitamento materno
promove um intenso trabalho da musculatura facial, influencia o
desenvolvimento ósseo e muscular, gerando fadiga nos músculos, fazendo
com que a criança satisfaça seu instinto de sugar e não necessite de uma
sucção não nutritiva, ou seja, supre tanto a necessidade de sucção
nutritiva como a não nutritiva”, diz.
Para quem já tem filhos que chupam o dedo, é bom saber que, a partir do
nascimento dos dentes de leite, inicia-se a fase da mastigação que se
completa quando todos os dentes aparecem na boca, por volta dos 2 anos e
meio de idade. É então que a a mastigação começa a substituir a sucção.
“Nesse momento, hábitos como: chupar dedos e chupeta, já deverão ser
eliminados naturalmente”, afirma a especialista.
7 dicas para ajudar
1- Ofereça frutas, alimentos fibrosos, legumes e verduras à criança para que a sucção seja desestimulada de forma natural.
2- Brincadeiras interativas, como jogos de montagem com os irmãos,
com coleguinhas, com os pais, ocupam o tempo e as mãos, etc.
3- A conversa entre os pais com a criança deve ser sempre honesta,
verdadeira e lúdica de forma a convencê-la a deixar o hábito, um
profissional pode auxiliá-los.
4- Amor, dedicação e carinho nunca são demais. Procure suprir algum
tipo de carência afetiva que a criança possa ter, transmitindo-lhe a
segurança necessária, nunca com repreensões, humilhações e brigas por
causa do hábito de chupar o dedo.
5- Coloque luvas coloridas como uma brincadeira, para fazer com que a
criança perca o contato do dedo com o palato, com persistência
funciona.
6- Para crianças maiores de 3 anos de idade, elogie quando ela não esteja sugando o dedo.
7- Às vezes é preciso lançar mão de um grupo de profissionais, como
psicólogo, fonoaudiólogo, odontopediatra e ortodontista, existem
aparelhos que podem ajudar a criança a parar de chupar o dedo, desde que
a criança entenda e queira realmente parar com o hábito.
Nos dois casos, escovar os dentes, pelo menos, após as três refeições principais foi primordial
Douglas Cassoli tem 31 anos e nunca teve cárie. Sua higiene bucal é
exemplar e invejável. Escova os dentes três vezes ao dia, sempre após as
refeições, faz uso diário de fio dental e enxaguante bucal. Vai ao
dentista duas vezes ao ano para fazer checkup e limpeza. Procura não
consumir muitos alimentos que contenham açúcar.
“A orientação dos meus pais desde criança para uma correta higienização
bucal foi fator determinante para nunca ter tido cárie, além da
consulta regularmente ao meu dentista para acompanhamento da minha saúde
bucal”, diz Douglas.
Já Francisco Miyahara, 33, nunca teve cárie, mas não faz as coisas
exatamente como manda o figurino. Escova os dentes depois das três
refeições principais, mas o fio dental e o enxaguante não fazem parte de
sua rotina diária. “Mas sei que deveria”, diz. Vai ao dentista
precisamente de oito em oito meses, usou aparelhos ortodônticos por dois
anos, e nunca precisou passar por outros procedimentos, a não ser tirar
os dentes do siso. “Nunca tive problemas na boca, além de afta”.
Mas, segundo a cirurgiã-dentista, Simone Matos, especialista em
ortodontia na Well Clinic, é preciso mais disciplina do que sorte para
passar a vida sem cáries. “Uma boa dieta seguida de uma boa higienização
e acompanhamento do cirurgião-dentista desde criança ajudam na
prevenção e cuidado com a saúde bucal”, diz.
Dá para prevenir
Fique de olho, pois as pessoas ficam mais suscetíveis à cárie em dois
períodos da vida. Quando criança, por conta da falta de coordenação
motora ou a falta de auxílio dos pais na supervisão da higiene bucal,
além da dieta cheia de guloseimas e alimentos que contêm muito açúcar. O
outro período é a adolescência.
“Os pais encontram muitas dificuldades em orientar a higiene devido a
rebeldia, ao consumo de alimentos cariogênicos e a própria rotina de
seus filhos. Em casos que o adolescente já possui aparelho ortodôntico a
higienização também precisa de mais cuidados”.
Para a dentista, o maior erro entre as pessoas que têm a doença é a
falta de acompanhamento profissional antes de a cárie aparecer. “Com
exames clínicos, como radiografias, podemos ter o diagnóstico completo e
começar o tratamento logo no início do problema. A maioria das pessoas
vai ao dentista somente quando sente algum incomodo, e aí pode ser
tarde”, afirma Simone.
Desde que usado em quantidade adequada, o flúor não faz mal para a
saúde bucal da criança e é fundamental para a prevenção da cárie
Entre em uma roda de mães. Pergunte sobre como escovam os dentes de seus
filhos. Uma vai responder que usa creme dental com flúor, outra diz que
o odontopediatra mandou comprar sem flúor e há aquelas que já
experimentaram as de adulto e tiveram um ótimo resultado. Para acabar de
vez com a dúvida, conversamos com duas especialistas, Andiara De Rossi,
professora de odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP de
Ribeirão Preto, e Maria Aparecida Machado, professora de odontopediatria
da Faculdade de Odontologia da USP de Bauru. Veja quais as opiniões
delas e converse com o odontopediatra de seu filho.
Bebê deve usar creme dental com flúor?
Andiara: Atualmente existe um consenso mundial em todas as associações
odontológicas internacionais e nacionais*, de que os bebês devem
utilizar creme dental com flúor, em concentrações de no mínimo 1000 ppm
(partes por milhão), em pequena quantidade.
Maria Aparecida: O bebê pode fazer uso de creme dental com flúor, desde
que a quantidade a ser colocada na escova seja do tamanho de um “grão
de arroz crú”.
Quais os benefícios do flúor para bebês?
Andiara: o flúor inibe a formação das lesões de cárie por reduzir a
perda mineral do dente e ativar ganho mineral por meio da formação de
uma camada protetora (fluoreto de cálcio). Essa camada é perdida a cada
ingestão de alimentos ou bebidas, por isso deve ser constantemente
reposta com escovação dental regular com creme dental fluoretado para
que tenham uma proteção contra as cáries dentais na fase em que mais
necessitam, pois ingerem leite e demais alimentos e bebidas em alta
frequência.
Maria Aparecida: o flúor evita ou diminui a perda de minerais dos
dentes, que nada mais é do que a cárie dentária. Ele atua como um dos
fatores importantes para a prevenção da cárie na dentição de leite e na
permanente.
A partir de que idade os bebês podem usar pasta com flúor?
Andiara: a partir do nascimento (erupção) do primeiro dente. A partir
do nascimento do segundo dente já devem utilizar o fio dental. A
escovação e uso do fio dental em bebês devem ser realizadas pela mãe 2
vezes ao dia.
Maria Aparecida: Após a erupção dos primeiros dentes, por volta dos 7 a
8 meses de idade, a limpeza dos dentes do bebê deverá ser realizada
todos os dias, principalmente à noite antes de o bebê dormir. Desta
idade até por volta de 1 ano, os dentes do bebê poderão ser limpos com
uma gaze umedecida em água filtrada, enrolada no dedo indicador
esfregando todas as superfícies dos dentes. Quando os primeiros dentes
do fundo nascerem, entre 1 e 1 ano e 6 meses de idade, a escova poderá
passar a ser usada com o creme dental da preferência da família.
Quais os receios das mães em relação ao flúor?
Andiara: a maioria das mães acha que o uso de flúor pode causar
fluorose dental (manchas em formas de estrias brancas que afetam quase
todos os dentes em formação). No entanto, o problema é causado pela
ingestão excessiva de fluoretos por bebês e crianças de até 7-8 anos de
idade. Se o fluoreto for utilizado em pequena quantidade não existe
nenhum risco para os bebês.
Maria Aparecida: o receio é sobre a toxicidade do flúor, mas se a
quantidade usada for controlada e a escovação for supervisionada por um
adulto, não há motivos para se preocupar.
Tem perigo de a criança engolir a pasta?
Andiara: dependendo da quantidade de creme dental que a criança engolir
podem ocorrer efeitos indesejados, como o aparecimento de fluorose
dental. Até 5 anos de idade as crianças não possuem reflexo motor
adequado para cuspir e podem engolir cerca de 30% do creme dental
utilizado. No entanto, se restringir a quantidade de creme dental
utilizado em cada escovação, essa pequena quantidade não apresenta
risco.
Maria Aparecida: sim, por isto a limitação da quantidade a ser colocada
na escova é importante, assim como a supervisão de um adulto.
Quais cuidados ao escolher o creme dental da criança?
Andiara: Deve-se ler nas especificações dos cremes dentais infantis se
estes apresentam teor de flúor convencional (mínimo 1000 ppm) pois
existem também cremes dentais sem fluoreto e cremes dentais com teor
reduzido de fluoreto (500-550 ppm) que não oferecem proteção eficaz
contra a doença cárie.
Maria Aparecida: Dar preferência aos destinados a bebês, sempre que
possível. Existem hoje no mercado brasileiro, várias opções com
formulações seguras para o uso em bebês.
Bebês e crianças podem usar creme dental de adulto?
Andiara: não apenas podem como devem, mas em quantidade mínima, de
acordo com a idade. No entanto, deve-se ter cuidado pois alguns cremes
dentais de adultos são muito abrasivos (irritantes) e podem causar ardor
e descamação das mucosas. Embora algumas mães prefiram cremes dentais
infantis coloridos e saborosos, a criança pode se sentir motivada a
comer a pasta de dente.
Maria Aparecida: sim, desde que a quantidade a ser colocada na escova seja do tamanho de um grão de arroz cru.
O bigode chinês é um dos que tem o aspecto piorado pelo desequilíbrio da arcada dentária
Nem só de cremes caros vive uma pele bonita e sem rugas. Segundo a
cirurgiã-dentista, Debora Ayala, membro da Academia Europeia e
Brasileira de Odontologia Estética, a má posição dos dentes pode gerar
rugas precoces. Isso ocorre devido à inclinação e deformação da
musculatura junto com a pele. “Quando uma pessoa apresenta a inclinação
diferente de um lado e do outro, o lado mais caído é o que o que ela
mais mastiga, fazendo com que o lado que menos se exercita suba”, diz.
Essa diferença faz com que o lado mais caído ‘despenque’ e crie rugas
nasolabiais – no nariz e nos lábios – a comissura labial (bigode chinês)
cai mais, assim como a aba do nariz. “O lado que sobe tem mais rugas ao
redor dos olhos e as sobrancelhas ficam diferentes. Isso mostra a
interferência dos dentes, que muda a sustentação óssea e interfere na
pele e musculatura. A partir dos 30 anos essa diferença entre os lados
do rosto é fácil de ser identificada”, afirma Debora.
A boa notícia é que existe tratamento com aparelhos que reposicionam os
dentes e levantam a mordida. “A técnica de Ortodontia Avançada, que faz
uso de mini-placas, promove maior equilíbrio facial e reposicionamento
dentário. É a técnica que vai estabilizar mais, melhor e de maneira mais
rápida”.
A dentista diz que você começa o tratamento sabendo quando vai terminar
e sem uso de aparelho posteriormente, já que ele não reposiciona apenas
os dentes, mas também toda a massa óssea. “E isso traz outros
benefícios como melhor posicionamento da cabeça, diminuição de dores
cervicais, melhora sono e respiração, entre outros”, afirma.
Para não deixar o problema chegar, Debora Ayala indica placa de
mordida, ortodontia avançada e reabilitação oral. “É importante também
checar com o dentista o desgaste dos seus dentes, principalmente se o
desgaste faz um lado do rosto despencar mais que outro”.
Pesquisa comprovou que bactérias da boca podem piorar sintomas de dor em quem sofre de artrite
Artrite e saúde bucal podem estar muito mais relacionadas do que se
imagina. Segundo o periódico Journal of Clinical Rheumatology, uma
pesquisa demonstrou que haviam bactérias da gengiva nos exames da
artrite reumatoide e da osteoartrite de alguns pacientes. Agora, como
essas bactérias podem estar envolvidas no início ou agravamento dessas
doenças?
O especialista em periodontia, Caio Roman, doutorando da USP, explica
que, quando encontrada em número elevado na cavidade bucal, a bactéria
Porphyromonas gingivalis pode ir para a corrente sanguínea, usando como
porta de entrada micro úlceras que se formam na gengiva inflamada.
Depois, elas se alojam nas articulações, causando destruição tecidual e
aumentando a dor dos pacientes com artrite reumatoide. “Temos observado
em nossas pesquisas que, com uma má higiene bucal, os sintomas da
artrite como dor e desconforto tornam-se mais evidentes, e após o
tratamento periodontal há uma diminuição desse quadro doloroso”, diz.
Mas, ter uma higiene bucal adequada não ajuda a prevenir a artrite e a
osteoartrite, apenas pode diminuir os sintomas dessas doenças. “O
tratamento periodontal levará a uma redução no número de bactérias, e,
em número reduzido, dificilmente chegarão a órgãos distantes, como as
articulações. Isso fará com que pacientes com artrite reumatoide tenham
uma menor possibilidade de que bactérias presentes na cavidade bucal
interfiram nos sintomas da doença”.
Alerta
Roman enfatiza que sangramentos na gengiva ao escovar ou ao passar o
fio dental já é um alerta para que uma consulta com um dentista
especialista em periodontia seja marcada o quanto antes. Em casos
avançados de artrite reumatoide a movimentação das mãos e dos dedos fica
comprometida, até mesmo passar o fio dental torna-se algo impossível,
nestes casos um acompanhamento bimestral deve ser realizado.
“O tratamento deve ser individualizado levando em conta o tempo que o
paciente tem a artrite reumatoide, capacidade motora de higienizar
adequadamente e condição periodontal. A prevenção é a melhor forma de
evitar que problemas bucais possam interferir na saúde geral”, diz o
periodontista.
Acombinação de açúcar com acidez e falta de higiene bucal deixam a boca prontinha para abrigar as bactérias da cárie
Não só pelo peso na balança que alguns alimentos poderiam ser evitados
no dia a dia. O que comemos também é consumido pelas bactérias que vivem
na nossa boca. Elas podem ser benéficas para o organismo ou causar
doenças, como a cárie. Faremos duas listas, hoje e amanhã, elaboradas
pela nutricionista, Hannah Médici, e pela médica nutróloga, Marcella
Garcez, com o que é bom comer e o que é melhor evitar para preservar a
saúde bucal.
Hoje, falemos sobre o que cortar do cardápio. Segundo Hannah, açúcares e
alimentos adoçados, como refrigerantes, café com açúcar, águas
gaseificadas e aromatizadas, pães, bolos, tortas e outros de
panificação, podem prejudicar o equilíbrio da microbiota bucal.“Isso
acontece devido a presença de açúcares refinados e amidos que são
fermentados com a ação de microrganismos da boca, ocasionando um
crescimento de bactérias que causam a carie”, diz a nutricionista.
Mas não é só a cárie que pode surgir com uma dieta desregrada.
“Um alimentação sem equilíbrio nutricional pode causar infecções e
doenças, como gengivite e aftas. Por exemplo, se a pessoa tiver uma
alimentação muito rica em açúcar e carboidrato refinado, ela vai causar
um desequilíbrio flora oral, levando a doenças causadas por fungos e
leveduras. Outro exemplo são alimentos com muitas toxinas, corantes que
também podem alterar a flora da boca”, diz Marcella Garcez, médica
nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN.
Evite
(ou escove os dentes após comer)
1-
Refrigerante
A combinação de acidez com açúcar corrói o esmalte do dente, além de deixar o ambiente propicio para o aparecimento de cáries.
2-
Café com açúcar
Mesmo caso do café, com o agravante que os cafezinhos são incluídos ao
longo do dia e ninguém escova os dentes depois de cada copinho.
3-
Isotônicos, energéticos e sucos de caixinha
O açúcar e os conservantes são inimigos número 1 dos dentes saudáveis.
4-
Pães com farinha de trigo refinada
Açúcar e a consistência pegajosa, quando mastigado, fazem do pão branco um aliado da cárie e da erosão dentária.
5-
Bolos com açúcar refinado
Mesmo caso do pão.
6-
Espiga de milho e pipoca
O problema aqui, além desses alimentos tenderem a ficar entre os dentes, é o risco de fraturas dentais e danos a obturações.
7-
Molhos industrializados
Esses molhos são ácidos e com muitos pigmentos que podem manchar os dentes.
8-
Maçã
Sempre muito bem-vinda na alimentação, mas opte por cortar em pedaços
para não arriscar quebrar um dente ou piorar dores causadas pela
sensibilidade.
9-
Vinhos
Tanto o tinto, que mancha pela pigmentação, quanto o branco, que corrói
pela acidez, devem ser evitados ou intercalados com água.
10-
Balas e guloseimas
Açúcar, açúcar e mais açúcar.
Gelado, quente, ácido, doce, tudo isso pode fazer você se arrepender de ter dado a primeira mordida ou o primeiro gole
A sensação de choque para quem tem dentes sensíveis pode acontecer em
qualquer momento do dia, com gelado, com ácido, com metal. A
hipersensibilidade dentinária pode ser causada por vários fatores, como
retração da gengiva, desgaste dos dentes, consumo de alimentos e bebidas
ácidas, escovação dentária incorreta (com pastas de dente abrasivas e
escovas de cerdas duras), uso de próteses, clareamento dental recente e
doença periodontal.
“Mas, no fim das contas, o motivo é praticamente o mesmo: um maior
estímulo do meio externo ao nervo do dente, seja por haver menos tecido
que o proteja, seja por esse tecido estar mais permeável”, diz a
cirurgiã-dentista Ana Paula Tokunaga, do blog Medo de Dentista.
A especialista explica que os dentes têm três tecidos principais:
esmalte, dentina e cemento, que cobre a raiz. Na coroa do dente, que é a
parte que nós vemos na boca, há o esmalte, a parte mais externa e
brilhante, e a dentina. “A dentina protege a polpa (o nervo do dente),
porém ela não é maciça, é cheia de buraquinhos chamados túbulos
dentinários, e através desses buraquinhos é que os estímulos externos de
frio, calor e alimentos doces chegam ao nervo do dente e o fazem doer”.
Veja 10 situações que só quem tem dente sensível sabe como é
1. Tomar um copo de água gelado é quase impossível
Só de ver o copo suando, os dentes já doem. Aquela vontade de tomar um
copo de refrigerante com bastante gelo nunca passa pela sua cabeça.
2. Morder um picolé é tortura
Chupar picolé é a única forma de matar a vontade de sorvete, nunca,
jamais, ocorre a ideia de mordê-lo. E quando você tenta, o choque parece
que chega até o cérebro.
3. Escovar os dentes com água fria faz você se arrepender de ter uma boa higiene bucal
Para quem tem dentes sensíveis, uma torneira com água quente no
banheiro não é supérflua. A água morna é necessária para que você
continue escovando os dentes.
4. Ficar feliz da vida com a anestesia para fazer a limpeza no dentista
É impossível enfrentar as ferramentas do dentista sem estar com a boca
dormente. Até o jato de água parece um utensílio de tortura.
5. Usar enxaguante bucal só se for para dentes sensíveis
Embora o flúor, presente nesses produtos, tenda a diminuir a
sensibilidade, o problema está na temperatura do líquido e na sensação
de refrescância, que "gela" os dentes.
6. Fazer clareamento dental só se for para o meu casamento
Qualquer tipo de clareamento dental tem potencial de causar
sensibilidade dentária, o que é pior para quem já tem sensibilidade.
7. Ingerir bebidas e comidas ácidas e se arrepender depois do primeiro gole ou mordida
A sensação de choque nos dentes quando se come algo com limão está pau a
pau da mordida no picolé. Pior é que a sensação de dor parece ficar nos
dentes por horas.
8. Comer doces nem sempre é um prazer
Chegando ao item 8 vemos que comer e beber para quem tem sensibilidade é
um desafio e tanto. O choque é sentido “só” com frio, ácido, doce. Não é
fácil!
9. Beber direto na latinha dá arrepio
O contato de materiais metálicos com os dentes dá o típico choque de quem tem sensibilidade.
10. "Pegar vento" nos dentes ao caminhar em um dia frio é de matar
Ao colocar o pé para fora de casa e sentir o tempo gelado,
automaticamente nos proibimos de sorrir, pois sabemos que pegar vento
nos dentes vai nos fazer chorar segundos depois.
A boa notícia é que, após o correto diagnóstico do dentista quanto à
causa da sensibilidade, existe tratamento. “Restaurações (em caso de
perda tecidual), aplicação de dessensibilizantes (geralmente nas regiões
em que há recessões gengivais), laserterapia, uso de cremes dentais
para dentes sensíveis, etc..”, diz Ana Paula.
Cada um tem seu gosto, mas pasta de dente de berinjela e de carvão são peculiares para quem está acostumado com o sabor de menta
Há no mercado cremes dentais para sensibilidade, para clarear os dentes,
para combater o mau hálito. Mas, no Japão, não só as funcionalidades
são diferentes, os sabores também surpreendem. De polvo, berinjela e
carvão de bambu, ainda existe uma linha chamada Breath Pallete, ou
Paleta do Hálito, com 30 sabores, como caramelo, rosas, curry e abóbora.
O professor Vinicius Pedrazzi, da Faculdade de Odontologia da USP de
Ribeirão Preto, diz que não é possível afirmar que esses cremes dentais
podem prejudicar os dentes só por conta dos sabores exóticos. Mas,
segundo ele, é preciso estar atento a algumas coisas na hora de escolher
o seu creme dental para ter a segurança de estar usando o produto certo
para seu caso.
“Principalmente a abrasividade. Muita pode provocar desgaste excessivo
do esmalte, recessão gengival, hipersensibilidade dentinária, desgaste
de restaurações, próteses, implantes, etc. Pouca abrasividade pode não
conter agendes suficientes para remover manchas e detritos nos dentes e
também não proporcionar polimento do esmalte dental”, diz.
O professor acrescenta que ao associar o creme a uma escova dental pode
ser provocada a potencialização em até 70% da abrasividade de cada
componente (pasta e escova dental). “Assim, uma escova dental com cerdas
médias e um dentifrício de baixa abrasividade podem resultar em um
conjunto com média a alta abrasividade”, explica.
Depois que escolher seu creme dental, fique atento à quantidade
recomendada para o uso. “Para crianças com 2 até 5 anos, o tamanho
correspondente a um grão de ervilha é o suficiente. Preferencialmente
sem flúor ou com baixa percentagem de Flúor na composição (500ppM -
partes por milhão). Para adultos, 1/3 de creme dental em comparação com a
superfície das cerdas da cabeça da escova dental é o suficiente”, diz
Vinicius.
Repouso, seguir recomendações do dentista e tomar os medicamentos corretos são a melhor forma de garantir um bom pós-operatório
Bochecha inchada e extração dentária são quase sinônimos na vida de
muita gente. Alguns já passaram por isso nas quatro vezes em que
precisaram tirar os sisos. Segundo Leon Américo do Nascimento, da Well
Clinic, o rosto incha porque é um processo inflamatório, o corpo reage
como mecanismo de proteção liberando células inflamatórias e buscando
revascularizar a região do trauma da extração.
“Pacientes que não realizam o correto repouso e recomendações como
tomar o medicamento indicado e diminuir o esforço físico podem ter um
inchaço maior e mais dor pós-operatória”, diz. Mas não é preciso se
preocupar, normalmente, o pico do inchaço ocorre em 72 horas após o
procedimento. “Após esse período começa o que chamamos de efeito reverso
e a região aos poucos vai voltando ao seu estado normal”.
Não dá para fugir das extrações, elas são necessárias em dentes com
cáries extensas, fraturados, trincados, com grandes perdas ósseas e
perfurados. Existem vários e distintos motivos para uma extração
dentária. Cabe ao cirurgião-dentista realizar o correto diagnóstico.
O que dá para fazer é reduzir o inchaço. Os procedimentos estão cada
vez menos invasivos e traumáticos. “Usando a medicação correta no pré e
pós-operatório, muito repouso e cuidado e, claro, seguir sempre à risca
as recomendações do profissional, talvez a face nem inche. Em muitos
casos, com as técnicas adequadas e a tecnologia avançada de hoje, a
cirurgia fica até imperceptível e indolor”, afirma Leon.
O biofilme também de acumula na gengiva, língua e bochechas que precisam ser limpas regularmente
Não é todo mundo que consegue escovar os dentes depois das refeições,
imagine passar o fio dental? O problema é que 80% das bactérias
presentes na boca não estão nos dentes. Elas ficam alojadas nos tecidos
moles da boca como a língua, gengiva e bochechas.
E, apesar de você deixar a limpeza entre os dentes para lá de vez em
quando, é preciso saber que a região interdental, como é chamada, é a de
mais difícil acesso e, por isso, há um maior acúmulo de placa
bacteriana, que é o principal causador da cárie e das doenças
periodontais.
Assim, é importante remover a placa bacteriana e as bactérias que se
alojam nos tecidos moles da boca. Para isso, o mercado oferece produtos
específicos, como o fio dental, as escovas interdentais e escovas com
cerdas ultrafinas que alcançam esses espaços, além de limpadores de
línguas e bochechas.
Tudo em um só produto
A nova Escova 360° Interdental, da Colgate, promove um alcance quatro
vezes superior ao espaço entre os dentes, comparada a uma escova comum
de cerdas planas. Ainda conta com um limpador de língua e bochechas para
auxiliar na remoção superior de bactérias.
A limpeza completa da boca ocorre por meio de cerdas ultrafinas e
macias, tecnologicamente avançadas. As cerdas afuniladas, com uma ponta
mais fina do que as cerdas regulares, proporciona uma limpeza profunda
entre os dentes e ao longo da linha da gengiva.
A escova 360° Interdental já pode ser encontrada nos pontos de venda de todo o país, com um preço sugerido de R$14,99.
Passo-a-passo da escovação
1- Escove a parte externa dos seus dentes. Os dentes de cima, escova
de cima, para baixo, para cima. Use movimentos curtos e delicados para
não machucar a gengiva.
2- Escove a superfície interna de cada dente, utilizando a mesma técnica anterior.
3- Escove a região das superfícies mastigatórias realizando movimentos de vai e vem, para frente e para trás.
4- Use o limpador ou escove sua língua para remover bactérias, a saburra lingual e o mau hálito.
Pesquisa mostra que o mau hálito é o principal responsável pelo fracasso dos primeiros encontros
Ela tinha hálito de enchente
“Nos conhecemos pelo Facebook, e a menina vivia postando fotos
superlegais e que mostravam que ela era bonita e tudo mais. Trocamos
telefone e combinamos de nos encontrar para tomar uma cerveja. Porém,
quando a vi, percebi que estava em uma roubada. A menina era bem mais
alta que eu (uns 10 cm) e não era exatamente como nas fotos, digamos que
era uma boa estrategista de ângulos. Chegamos no bar, ficamos
conversando, mas não rolou nada e, no caminho para casa, percebi que ela
ficou meio para baixo. Na frente da casa dela, vi que estava esperando
algo e resolvi beijá-la. Porém, isso foi a pior coisa que fiz, o gosto
do beijo era de enchente. Era muito mau hálito e acho que não percebi
porque não sentei perto dela no bar. Depois disso eu caí fora. Ela ainda
curte minhas fotos, mas eu não curto nada dela. A enchente me
traumatizou de verdade”.
Essa foi a história de uma paquera malsucedida de Caio Bastos, 30. Ele
é um dos exemplos de uma pesquisa feita por um site britânico de
relacionamentos que revelou que o mau hálito é o principal responsável
pelo fracasso dos primeiros encontros. No questionário, feito com mil
ingleses entre homens e mulheres, a halitose foi citada por 79% dos
entrevistados. E o mau hálito não coloca apenas o primeiro encontro a
perder, mas relacionamentos que tinham fortes indícios que poderiam dar
certo.
Linda, gente boa, mas com bafo
Foi o que aconteceu com Rodolfo Gonçalvez, 30. “Ela era minha amiga do
colégio e começamos a ficar. A menina era linda, emprego legal,
inteligente, família muito bacana e me adorava. Eu também gostava dela
demais, a gente se divertia muito, mas, às vezes, eu sentia um bafo
vindo da boca dela. No começo, pensei que era uma comida ou outra, ou
cerveja, porque quando bebo fico com gosto ruim na boca. Aí vi que o
bafo existia não só dependendo do jantar, mas a tarde, vendo um filme
por exemplo. O mau hálito realmente me incomodou, pensei: quantos anos
vou aguentar esse cheiro falando comigo? Aí deu uns dois meses e
terminei”.
Não é preciso terminar
Segundo o psicólogo Thiago de Almeida, autor dos livros: "A arte da
Paquera: inspirações à realização afetiva" e "Amor, ciúme e
infidelidade: como essas questões afetam a sua vida", a melhor forma de
não colocar tudo a perder é conversando. “Abordando o assunto sem
brincadeiras e preconceitos, a pessoa em questão poderá procurar ajuda e
acabar com a causa do mau hálito. É constrangedor falar sobre isso com
uma pessoa que estamos conhecendo há pouco tempo, mas, se deixar passar o
momento também será constrangedor mais tarde, portanto, arme-se de
coragem e vá à luta. Converse, exponha sua opinião, seus conselhos. Mais
tarde essa pessoa irá lhe agradecer”, garante.
Uma dica do psicólogo Oswaldo M. Rodrigues Jr., é falar na primeira
pessoa do singular, sobre como você se sente. “Essa será uma forma que
não colocar a culpa no outro, o que permite que sejamos ouvidos. Se a
outra pessoa realmente se importa e assim demonstra ao falar de um
problema, isto não pode ser tomado como constrangimento, mas como ajuda.
Na sequência, se ofereça para procurarem uma solução juntos para
demonstra que não quer o mal ao outro”, diz.
Mas, para quem não tem coragem para falar sobre isso, a Associação
Brasileira de Halitose (ABHA) oferece o serviço SOS Mau Hálito, que
avisa, por meio de e-mail ou carta, a pessoa que sofre com o problema.
SOS Mau Hálito
Acesse www.abha.com.br
Clique no "SOS Mau Hálito"
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